Em 2024, a Argentina alcançou seu primeiro superávit orçamentário em mais de uma década, marcando uma conquista importante para o governo de Javier Milei. De acordo com o Ministério da Economia, o superávit foi de 1,76 trilhão de pesos, o que representa 0,3% do PIB do país. Além disso, o saldo fiscal primário, que exclui os pagamentos da dívida, registrou um superávit de 10,41 trilhões de pesos, ou 1,8% do PIB, refletindo as medidas de austeridade adotadas pelo presidente desde o início de seu mandato.
Milei, que assumiu a presidência em dezembro de 2023, tem implementado cortes significativos nos gastos públicos como parte de sua estratégia para conter a inflação, que ultrapassou 290% em 2023. A política fiscal mais rígida tem sido um pilar central de seu governo, com o objetivo de estabilizar as finanças do país. O Ministério da Economia afirmou que a âncora fiscal seguirá em vigor até 2025, destacando que os resultados positivos do ano de 2024 são uma realização das promessas feitas pelo presidente.
Apesar do superávit anual, o mês de dezembro apresentou déficits tanto no saldo fiscal primário quanto no saldo financeiro, o que foi atribuído a fatores sazonais típicos do fim do ano. O ministro da Economia, Luis Caputo, explicou que o governo enfrenta gastos elevados em dezembro, o que resultou nos primeiros déficits mensais após 11 meses consecutivos de superávits. O desempenho fiscal do país continua sendo monitorado de perto enquanto o governo busca equilibrar as contas públicas e lidar com os desafios econômicos persistentes.