A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, anunciou que o governo de Javier Milei ampliará os controles nas fronteiras, incluindo a área com o Brasil. A medida segue a implementação do Plano Güemes, que visa fortalecer a segurança nas fronteiras do norte do país, e se expande para a província de Misiones, onde, segundo Bullrich, o fluxo de pessoas ilegais e crimes como assassinatos têm sido problemáticos. A iniciativa inclui a construção de barreiras físicas e o reforço das fiscalizações para combater o contrabando e o tráfico de drogas.
A Argentina já havia iniciado o processo de fortificação das fronteiras com a Bolívia, com a instalação de uma cerca de 2,5 metros na cidade de Águas Blancas. O objetivo é evitar travessias ilegais e interromper o tráfico de mercadorias, além de regular o fluxo de imigrantes. A construção de cercas, no entanto, gerou críticas por parte do governo boliviano, que expressou preocupação com o impacto na relação diplomática entre os países. A medida também é vista como uma forma de combater o comércio de produtos ilegais que circulam pela fronteira.
A política de controle de fronteiras do governo de Milei segue uma linha semelhante à de outras medidas de imigração restritiva, como as adotadas nos Estados Unidos. Milei demonstrou apoio a essas práticas, citando o exemplo de Donald Trump como referência. Além das questões migratórias, o governo argentino argumenta que o controle da fronteira é fundamental para garantir a segurança interna e combater o tráfico de drogas na região, especialmente na área do rio Bermejo, que conecta os dois países.