Em 2024, o bioma Pampa, localizado no Rio Grande do Sul, registrou 3.411 hectares queimados, uma redução de 56,96% em relação ao ano anterior. Esse dado é uma exceção em um cenário nacional, onde o aumento das queimadas foi expressivo, com uma alta de 79% em todo o Brasil. A diminuição no Pampa está relacionada aos efeitos do fenômeno El Niño, que provocou chuvas intensas e enchentes no início do ano, o que contribuiu para a diminuição da área afetada pelo fogo.
No entanto, no contexto geral, o país enfrentou um aumento significativo das queimadas, com mais de 30,8 milhões de hectares afetados em 2024. Desses, 73% eram de vegetação nativa, sendo as formações florestais as mais atingidas. Esse crescimento é um reflexo tanto de condições climáticas extremas quanto da ação humana, que tem acelerado o processo de degradação ambiental, gerando consequências alarmantes para os ecossistemas e a biodiversidade.
O bioma Amazônia, por sua vez, foi o mais afetado, com 17,9 milhões de hectares queimados, correspondendo a mais da metade da área destruída no Brasil. O fogo na região, que não faz parte da dinâmica ecológica natural da Amazônia, continua sendo impulsionado pela ação humana, exacerbando os problemas ambientais e tornando a questão ainda mais urgente. A combinação de fatores climáticos e comportamentos humanos exige respostas coordenadas para mitigar os impactos das queimadas e garantir a preservação do meio ambiente.