O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, defendeu o arcabouço fiscal, destacando os resultados positivos já alcançados no primeiro ano de sua implementação, apesar de ressalvas sobre despesas extraordinárias e o pagamento de precatórios. Segundo Ceron, o modelo fiscal apresentou o segundo melhor resultado fiscal da década e o terceiro menor nível de despesas do PIB nos últimos dez anos, o que, em sua visão, demonstra a eficácia do arcabouço. No entanto, ele reconheceu que, embora o modelo esteja funcionando, ele pode ser aperfeiçoado, o que é considerado saudável para o sistema fiscal.
Ceron também abordou a questão da comunicação entre o governo e o mercado, destacando a importância de esclarecer eventuais desconfianças por meio de uma comunicação mais eficiente. Segundo o secretário, a análise dos resultados fiscais não deve ser influenciada por questões pontuais do orçamento, mas sim pelo progresso contínuo na redução das despesas em relação ao PIB. Ele afirmou ainda que, se necessário, o governo adotará novas medidas fiscais para garantir o cumprimento das metas fiscais, como já ocorreu em 2024.
O secretário reconheceu os desafios fiscais de 2025, mencionando que a diferença entre as projeções de déficit do governo e as expectativas do mercado está menor em comparação ao ano anterior. Ele também indicou que o governo está preparado para adotar medidas para compensar eventuais frustrações de receita e está aguardando as discussões no Congresso sobre medidas fiscais adicionais. Em relação à meta fiscal para 2025, Ceron reafirmou o compromisso de alcançar um resultado primário superior ao registrado em 2024, destacando a continuidade do ajuste fiscal como um caminho importante para a recuperação econômica do país.