A cidade de São Paulo possui cerca de 26% de seu território coberto por áreas verdes, segundo dados da Prefeitura, incluindo espaços de preservação ambiental. No entanto, especialistas apontam que a arborização da cidade ainda é insuficiente e enfrenta desafios em sua implementação e manutenção. Apesar de sua importância para a mitigação de problemas como enchentes, poluição e ilhas de calor, questões como quedas de árvores, falta de planejamento na escolha das espécies e manutenção inadequada continuam a impactar negativamente a capital paulista.
As árvores urbanas desempenham papel fundamental na melhoria do ambiente atmosférico, ajudando a reduzir a poluição e a temperatura, o que pode diminuir os efeitos das ilhas de calor e favorecer a qualidade do ar. Essas ilhas de calor, fenômeno em que áreas com menos vegetação possuem temperaturas mais altas, têm implicações para a saúde pública, como o aumento na transmissão de doenças como a dengue, devido ao desenvolvimento mais rápido do mosquito transmissor. São Paulo já observa melhorias em algumas áreas, como as Marginais, onde o aumento da arborização contribuiu para a redução das altas temperaturas.
O planejamento das calçadas e a falta de infraestrutura adequada para o crescimento das árvores são outros pontos críticos. O uso de tecnologias como as Soil Cells, que ainda não foram adotadas no Brasil, poderia solucionar problemas de drenagem e estabilidade das árvores nas calçadas. Esse tipo de solução tem o potencial de resolver de forma integrada questões como enchentes, quedas de energia e danos ao espaço público, promovendo uma arborização urbana mais sustentável e funcional.