No Cerrado de Aliança do Tocantins, um fotógrafo registrou uma rara arara-canindé com uma condição genética que causa a ausência de pigmentos nas penas. A ave, que é conhecida popularmente como rara-azul-e-amarela, foi vista com penas totalmente amarelas devido à falta de melanina, o que impede a produção de cores em suas penas. A condição genética da ave foi registrada em fotos na última terça-feira (21) e chamou a atenção pela sua singularidade.
O fotógrafo Clóvis Cruvinel, que também é professor de geografia na Universidade Federal do Tocantins (UFT), explicou que a ave apresenta uma plumagem lutina, condição caracterizada pela ausência completa de melanina, mas com a presença de pigmentos vermelhos e amarelos. Este fenômeno é causado pela falta de melanina, enquanto outros pigmentos, como as psitacofulvinas, conferem à ave suas penas amarelas e olhos vermelhos. A arara-canindé é um psitacídeo bastante inteligente e não está atualmente ameaçada de extinção, embora seja uma ave popular em cativeiro.
O fotógrafo destacou que seu trabalho busca permitir que as pessoas apreciem detalhes que, muitas vezes, passam despercebidos na rotina diária. Ele também mencionou que, apesar de a espécie não ser considerada em risco, as populações de araras-canindé têm diminuído ao longo do tempo, com algumas já extintas. A fotografia raramente oferece a oportunidade de observar um animal com uma condição genética tão peculiar, o que torna o registro ainda mais valioso.