Neste domingo, 12 de janeiro, a Arábia Saudita solicitou aos diplomatas europeus presentes em uma reunião em Riad que suspendessem as sanções contra a Síria. A medida, segundo os sauditas, visaria impulsionar a reconstrução do país e a recuperação econômica após a queda do presidente Bashar al-Assad, ocorrida no mês anterior. Durante o encontro, que reuniu representantes de vários países europeus e do Oriente Médio, o novo ministro das Relações Exteriores sírio, Asaad al-Shaibani, participou das discussões.
Apesar do pedido da Arábia Saudita, os Estados Unidos e a União Europeia mantêm uma postura cautelosa em relação à suspensão das sanções. A principal preocupação é com as raízes islâmicas dos novos governantes da Síria, ex-insurgentes que derrubaram Assad. A União Europeia, em especial, condiciona a remoção das sanções ao avanço no processo de transição política no país, que está tentando se reerguer após quase 14 anos de guerra civil.
O governo interino sírio, liderado pelos antigos rebeldes, busca apoio internacional e promete adotar um sistema pluralista e aberto. A Síria enfrenta desafios significativos devido aos impactos devastadores da guerra, que resultaram em cerca de 500 mil mortes e o deslocamento de metade de sua população. A pressão internacional sobre o futuro político do país continua a ser um fator chave nas negociações e decisões sobre as sanções.