Uma pesquisa realizada pela Quaest entre 23 e 26 de janeiro revelou uma queda de 5 pontos percentuais na aprovação do governo, que passou de 52% para 47%. A desaprovação subiu para 49%, ultrapassando pela primeira vez a aprovação desde o início da série histórica da pesquisa. Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, a principal razão para essa reprovação histórica é a insatisfação com a condução da economia e as promessas de campanha não cumpridas pelo governo, que geram frustração em parte da população.
A pesquisa também mostrou variações significativas nas diferentes regiões do Brasil. A maior queda de aprovação foi registrada no Nordeste, onde a aprovação caiu de 67% para 60%, com um aumento considerável na reprovação. No Sul, a desaprovação subiu de 52% para 59%. Já no Sudeste, a reprovação se manteve estável em 53%. Além disso, a pesquisa apontou diferenças por faixa etária, renda, escolaridade e religião, com destaque para a insatisfação crescente entre os eleitores mais jovens e com maior renda.
Por fim, o levantamento também analisou a avaliação geral do governo, mostrando que 31% dos eleitores consideram sua gestão positiva, enquanto 37% a veem negativamente. Em relação às promessas de campanha, 65% dos entrevistados acreditam que o presidente não tem cumprido o que prometeu. A pesquisa também abordou temas como a polêmica do PIX, com 66% dos entrevistados considerando que o governo cometeu mais erros do que acertos, e destacou os problemas mais citados pelos brasileiros, como violência, questões sociais e economia.