Entre janeiro e novembro de 2024, o estado de São Paulo registrou a apreensão de 4,6 toneladas de crack, o maior volume desde 2001, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Esse aumento é parte de uma tendência de crescimento nas apreensões de crack, que teve destaque a partir de 2020, com a quantidade de drogas apreendidas mais que dobrando em relação a 2019. A série histórica revelou que, entre 2019 e 2023, o volume de crack apreendido passou de menos de duas toneladas para cerca de 4,6 toneladas até novembro de 2024, já superando o recorde do ano anterior.
A SSP destaca que as apreensões refletem o foco das operações policiais no combate ao crime organizado, especialmente no tráfico de drogas, e o uso de inteligência e tecnologia nas abordagens. As autoridades apontam que o aumento das apreensões está ligado tanto ao maior fluxo de cocaína, matéria-prima do crack, quanto ao aumento da ação das forças de segurança no estado. Em 23 meses de gestão atual, foram retiradas das ruas 456,8 toneladas de drogas, o que resultou em um prejuízo estimado de mais de R$ 2 bilhões para o crime organizado.
De acordo com especialistas, a produção global de cocaína tem crescido, impactando diretamente o Brasil, que é uma das principais rotas de transporte para a droga. O aumento na apreensão de crack também reflete esse cenário, já que o Brasil é afetado pela crescente demanda e oferta de cocaína no mundo. As operações de combate ao tráfico de drogas têm sido intensificadas, com destaque para o monitoramento de áreas críticas como o Centro de São Paulo e a Baixada Santista, para tentar conter o avanço do narcotráfico.