Jovens conservadores têm desempenhado um papel importante no apoio ao presidente afastado da Coreia do Sul, em meio à crise política provocada por seu impeachment. Embora a maioria dos manifestantes pró-presidente seja composta por aposentados, estudantes universitários e influenciadores digitais estão emergindo como vozes visíveis, destacando-se em comícios e na mobilização online. Argumentando contra alegações de fraude eleitoral, esses jovens se inspiram em narrativas internacionais semelhantes e promovem a mensagem de proteção ao país em meio às crescentes tensões políticas.
O uso das redes sociais e plataformas como o YouTube tem sido um diferencial na mobilização de apoiadores do presidente. Influenciadores conservadores têm atraído grande audiência ao defender as decisões do governo e questionar as narrativas da mídia tradicional, alegando distorções e conspirações. Esse engajamento digital reflete uma mudança mais ampla nos jovens eleitores sul-coreanos, principalmente entre os homens, que demonstraram apoio significativo ao presidente afastado nas eleições passadas, acompanhando uma tendência semelhante em outros países.
A polarização política ocorre em um contexto de tensões sociais, incluindo debates sobre igualdade de gênero e políticas públicas. Esforços do governo anterior para enfrentar disparidades salariais e de participação no mercado de trabalho suscitaram reações negativas entre jovens homens, que percebem essas medidas como discriminatórias. Esse cenário contribuiu para a ascensão de um conservadorismo entre os jovens, consolidando o apoio a políticas e figuras que prometem resgatar tradições e valores percebidos como ameaçados.