Neste domingo (19), apoiadores de um ex-presidente afastado da Coreia do Sul invadiram um tribunal e causaram destruição no local após a Justiça prorrogar sua prisão preventiva por até 20 dias. O incidente, que envolveu confrontos com a polícia, resultou em cerca de 40 pessoas feridas, algumas delas com lesões leves. A violência foi amplamente condenada pelas autoridades, que informaram a prisão de 46 manifestantes até o momento. A situação gerou tensão política no país, com diferentes partidos reagindo de forma oposta à decisão judicial.
O ex-presidente, que se tornou o primeiro líder sul-coreano em exercício a ser preso, é acusado de decretar lei marcial em dezembro do ano passado, uma medida que restringiu direitos civis e visava fechar a Assembleia Nacional. A decisão do tribunal, que prorrogou sua detenção, foi tomada após uma solicitação das autoridades, que temem que o ex-presidente possa destruir provas. O político se recusou a participar de novos interrogatórios, o que levou à prolongação de sua prisão. Ele segue detido em uma cela solitária, enquanto seus advogados contestam a legalidade da investigação e prometem recorrer.
Enquanto o partido conservador do ex-presidente criticou a decisão como uma grande penalização, alegando que as repercussões de deter um líder em exercício não foram devidamente avaliadas, a oposição considerou a medida um passo importante para restaurar a ordem no país. A lei marcial decretada pelo ex-presidente teve como justificativa a proteção contra ameaças externas, mas sua implementação foi rejeitada pela Assembleia Nacional. O evento marca um momento de crise política e social, com o país sendo atualmente governado por um presidente interino.