A dissertação de mestrado de William Perpétuo Busch, intitulada “Antropologia da ficção científica: Alteridade Maquínica em Star Trek: Voyager”, analisa a franquia Star Trek sob uma perspectiva antropológica, explorando como a série aborda questões de alteridade e relações culturais. A pesquisa destaca as principais produções da série, com ênfase em “Deep Space Nine”, que introduziu temas como religiosidade e conflitos bélicos em contextos alienígenas, refletindo sobre as dinâmicas históricas da Terra.
A dissertação também investiga episódios específicos da série, como o 25º da terceira temporada de “Deep Space Nine”, no qual se faz uma analogia com práticas mediúnicas da Terra, como o espiritismo, ao retratar a transferência de memórias entre seres de diferentes corpos. Além disso, o episódio “Homenzinhos Verdes” da quarta temporada faz referência ao Caso Roswell e teorias de conspiração envolvendo a Área 51, inserindo elementos de ficção científica no imaginário coletivo sobre vida extraterrestre e tecnologias avançadas.
A análise de Busch relaciona os símbolos e temas tratados na série com o desenvolvimento da ciência e a popularização de conceitos como exoplanetas e viagens espaciais. A pesquisa evidencia como a ficção científica, particularmente em Star Trek, antecipou temas que se tornaram realidade científica décadas depois, ao mesmo tempo que refletiu sobre a dominação das imagens na cultura contemporânea.