A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) decidiu estender até 9 de fevereiro o prazo para a consulta pública sobre mudanças na política de preços dos planos de saúde. A proposta da agência prevê permitir mais de um reajuste anual para planos coletivos e individuais, o que gerou críticas de entidades da sociedade civil. Durante audiências públicas realizadas em janeiro, essas entidades solicitaram a ampliação do prazo para uma discussão mais aprofundada, e o Ministério Público Federal também recomendou a prorrogação.
A consulta pública aborda quatro eixos temáticos: reajustes e rescisão contratual em planos coletivos, mecanismos de regulação financeira, venda de planos de saúde online e revisão técnica das tarifas. Uma das principais propostas é a criação de uma cobrança extra para ajudar operadoras de planos de saúde que enfrentam dificuldades financeiras, permitindo que algumas empresas possam aplicar mais de um reajuste por ano, além do permitido atualmente, que é baseado na inflação.
Esse processo ocorre em um momento de transição na ANS, com mudanças na sua liderança. A proposta gerou debate sobre os impactos para os consumidores, especialmente no que diz respeito ao aumento das cobranças. A ampliação do prazo visa garantir maior transparência e participação no processo, permitindo que a sociedade se posicione mais adequadamente sobre as mudanças propostas.