Nesta quarta-feira, 29 de janeiro, começa o ano 4723 no calendário tradicional chinês, regido pela serpente de madeira, que simboliza sabedoria, conhecimento e criatividade. O país enfrenta um ano desafiador com a desaceleração de sua economia, que em 2024 registrou um crescimento de 5%. Diversos fatores, como a crise imobiliária e o enfraquecimento do consumo interno, desafiam o governo a buscar alternativas para manter sua estabilidade econômica. As tarifas de importação, especialmente as impostas pelos Estados Unidos, também geram incertezas, mas a China está tentando se adaptar com retaliações, diversificação de mercados e medidas de estímulo interno.
A crise imobiliária, que se arrasta desde antes da pandemia, segue impactando o setor, com estoques elevados e preços em queda. Além disso, a população envelhecida e a desaceleração demográfica pressionam o consumo doméstico, o que, combinado com a política de tarifas do governo americano, dificulta o cenário econômico. A economia chinesa também enfrenta a necessidade de reestruturação, já que o modelo de crescimento atual parece estar no limite, com estímulos governamentais insuficientes para impulsionar a recuperação. O país precisa de uma abordagem criativa para superar esses desafios.
Apesar das dificuldades, especialistas não consideram que a China esteja em crise. A economia ainda mantém um ritmo de crescimento positivo, e embora o Brasil possa sentir efeitos da desaceleração nas exportações de commodities, o impacto não será tão significativo. A adaptação estratégica da China deve permitir que o país se recupere de maneira gradual, e as perspectivas de crescimento global, com ajustes nas políticas internas e externas, devem ajudar a suavizar a desaceleração.