Angelina Jolie recebeu elogios da crítica por sua interpretação da icônica cantora de ópera Maria Callas no filme dirigido por Pablo Larraín. A produção retrata um período da vida de Callas, quando ela se refugiou em Paris após um tempo afastada dos palcos e tentou retomar sua carreira já com problemas vocais. Durante as filmagens, Jolie passou por um intenso treinamento, que incluiu aulas de canto, italiano e ópera, para dar veracidade à personagem. O diretor utilizou uma combinação da voz de Jolie com gravações originais de Callas nas cenas de canto, proporcionando uma abordagem autêntica ao papel.
Jolie comentou sobre a complexidade do desafio, destacando que cantar ópera exige mais do que apenas técnica vocal, é necessário também uma profunda conexão emocional. Ela revelou que essa experiência foi transformadora, descrevendo-a como uma espécie de terapia pessoal. O diretor, Pablo Larraín, elogiou a coragem de Jolie em se expor durante as gravações, já que ela cantava com fones de ouvido enquanto a equipe ouvia sua voz isolada, sem a ajuda de uma orquestra de fundo.
Apesar de não ser fã de ópera antes do projeto, Jolie passou a enxergar essa música de forma diferente, comparando-a ao espírito punk de Maria Callas, que, em sua última turnê, escolheu peças musicais que desafiavam as expectativas elitistas de sua época. A atriz brincou dizendo que, agora, a ópera se tornou o novo “punk” para ela, um reflexo da transformação pessoal e artística que viveu ao se dedicar ao papel.