Em fevereiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter a bandeira verde para a cobrança do fornecimento de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN). Essa medida será a terceira consecutiva em que não haverá acréscimos nas tarifas mensais de energia, o que representa uma economia para os consumidores. A bandeira verde, a menos onerosa, reflete a variação dos custos de geração de energia, monitorados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que ajusta a estratégia de geração conforme a demanda.
O sistema de bandeiras, criado em 2015, é uma ferramenta usada para alertar os consumidores sobre a necessidade de ajustar o consumo de energia. Ele funciona de forma semelhante a um sinal de trânsito, indicando o preço da eletricidade com base nos custos de produção. Nos meses de chuva, como novembro, dezembro e janeiro, o Brasil observa um aumento nos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas, o que reduz a necessidade de geração de energia pelas termoelétricas, que são mais caras e poluentes.
Essa decisão é consequência de um cenário mais favorável, com as hidrelétricas apresentando maiores volumes de água devido às chuvas, o que reduz a pressão sobre fontes de energia mais caras e menos sustentáveis. Como resultado, a Aneel mantém os custos da energia mais acessíveis para os consumidores, ao mesmo tempo em que contribui para a diminuição das emissões de gases poluentes.