No verão de 1983, Katy Golden passou por uma amigdalectomia aos 5 anos de idade, após sofrer com problemas recorrentes de ouvidos. A cirurgia foi bem-sucedida e sua recuperação seguiu o padrão de muitas outras crianças, mas, surpreendentemente, 40 anos depois, Golden precisou se submeter a uma nova remoção das amígdalas. Após décadas sem problemas, as amígdalas cresceram novamente, causando dores e inflamações. Ela procurou ajuda médica ao perceber que os sintomas de dor de garganta estavam sendo causados por tecido tonsilar em sua garganta, o que a deixou em choque, pois acreditava que elas já haviam sido completamente removidas.
O recrescimento das amígdalas é um fenômeno raro, com uma taxa estimada de ocorrência entre 1% e 6% dos casos. Existem várias técnicas para a remoção das amígdalas, algumas mais precisas que outras. Golden passou pela primeira cirurgia quando as técnicas frias, como o uso de um instrumento tipo guilhotina, eram comuns, o que pode ter contribuído para o recrescimento do tecido residual. O procedimento mais recente utilizou uma técnica mais moderna, a coblação, que promete maior precisão na remoção do tecido tonsilar.
Apesar de a remoção das amígdalas não ser urgente, a paciente decidiu passar por uma nova cirurgia após discutir os benefícios e riscos com seu médico. A recuperação tem sido mais dolorosa e demorada do que ela esperava, o que é comum em adultos, já que crianças tendem a se recuperar mais rapidamente. No entanto, ela se mantém otimista, acreditando que os desconfortos temporários valerão a pena para evitar futuras crises de dor de garganta.