Em 2024, a Amazônia Legal registrou um aumento alarmante de 42% no número de incêndios, totalizando 140.328 ocorrências, o maior desde 2007. Esse crescimento é atribuído principalmente à combinação de uma seca prolongada e práticas humanas, como a limpeza de áreas para a agricultura. O fenômeno El Niño e as mudanças climáticas também intensificaram a severidade dos incêndios, elevando a preocupação de especialistas sobre os impactos ambientais.
Apesar do aumento nos incêndios, o desmatamento na região apresentou uma redução significativa de mais de 30% nos doze meses até agosto de 2024. Essa diminuição é considerada a maior em quase uma década, o que reflete avanços nas políticas de preservação e fiscalização ambiental. O governo federal tem buscado reforçar o combate ao desmatamento, enfatizando a importância de proteger a Amazônia para o futuro do clima global, especialmente com a realização da COP30, marcada para acontecer em Belém.
No entanto, a situação continua sendo motivo de alerta. Caso o desmatamento não seja efetivamente controlado, a Amazônia poderá deixar de ser um sumidouro de carbono, transformando-se em uma fonte de emissões. Especialistas destacam a urgência de intensificar esforços para evitar que a região ultrapasse seu limite de resiliência ecológica. O cenário ressalta a necessidade de conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.