Em 2024, os novos contratos de aluguéis residenciais no Brasil registraram um aumento médio de 13,5%, conforme dados do Índice FipeZAP. Embora o aumento tenha sido inferior ao de 2023 (16,16%), o crescimento foi quase três vezes superior à inflação oficial do país, medida pelo IPCA, que ficou em 4,83%. A alta real, ou seja, descontada a inflação, foi de 8,67%. A economista Paula Reis, do DataZAP, relaciona esse aumento ao fortalecimento do mercado de trabalho, com a taxa de desemprego no Brasil atingindo o menor nível desde 2012, o que impulsiona a demanda por imóveis.
O aumento dos aluguéis foi generalizado nas 36 cidades brasileiras acompanhadas pelo índice, com exceção de Maceió, que teve um aumento abaixo da inflação, de 3,35%. Entre as capitais, Salvador liderou a alta com um aumento de 33,07%, seguida por Campo Grande, Porto Alegre e Recife. Em termos de preço, o aluguel médio nas 36 cidades foi de R$ 48,12/m², o que representa um aumento de aproximadamente R$ 279,50 em relação ao ano anterior. Em algumas cidades, como Barueri (SP), o aluguel médio alcançou R$ 65,41/m², tornando-se a mais cara do país.
A previsão para 2025 é que o preço dos aluguéis continue subindo devido a dois fatores principais: a expectativa de um mercado de trabalho favorável e a restrição no mercado de vendas de imóveis, impulsionada pelo alto custo do crédito imobiliário. Esse cenário pode levar a um aumento ainda maior na demanda por locações, resultando em novos aumentos no valor dos aluguéis. As capitais como São Paulo, Florianópolis e Recife continuam entre as mais caras para alugar, enquanto cidades como Pelotas (RS) possuem preços mais acessíveis.