O aluguel residencial nas seis maiores capitais brasileiras teve um aumento de 10% a 15% em 2024, com destaque para o aumento contínuo dos preços, especialmente em áreas mais valorizadas. O levantamento do QuintoAndar revelou que, em mais da metade dos bairros dessas cidades, o valor de R$ 2.000 não é suficiente para cobrir o aluguel de um imóvel de 50 metros quadrados ou mais. Esse aumento é resultado de diversos fatores, incluindo o alto custo da construção, a mudança nas regras de financiamento da Caixa Econômica Federal e a recuperação econômica pós-pandemia.
Apesar de uma desaceleração nos preços em comparação com 2023, ainda se observa uma forte pressão de alta, especialmente em regiões com grande concentração de empregos. A base de dados analisada abrange 247 bairros em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, refletindo a variação anual do preço do aluguel, levando em consideração fatores como a população local e as condições econômicas das áreas. O cenário de preços mais altos tende a se agravar para a população de classe média e alta que não tem acesso a programas como o Minha Casa, Minha Vida.
Para 2025, as expectativas são de que os preços continuem subindo, mas de maneira mais moderada. A alta nos juros e a restrição de crédito com as novas regras de financiamento devem manter o mercado aquecido, pressionando a oferta e demanda. Especialistas apontam que o início do ano pode ter uma alta sazonal, com o fim dos contratos de aluguel do ano anterior, e que o cenário pode se estender por mais tempo, dependendo do comportamento da economia e das taxas de juros no país.