Em 2024, os novos contratos de aluguel de apartamentos residenciais aumentaram, em média, 13,5%, segundo o Índice FipeZAP. O crescimento, embora abaixo do registrado em 2023 (16,16%), superou amplamente a inflação, que foi de 4,83%, resultando em uma alta real de 8,67%. A economista Paula Reis, do DataZAP, aponta que a robustez do mercado de trabalho, com uma taxa de desemprego histórica de 6,1%, tem impulsionado a demanda por imóveis, contribuindo para o aumento nos preços de locação.
Os dados mostram que o impacto do aumento no aluguel foi generalizado, com exceção de Maceió, onde o ajuste foi abaixo da inflação. Entre as capitais, os maiores aumentos ocorreram em Salvador (33,07%), Campo Grande (26,55%) e Porto Alegre (26,33%). O preço médio do aluguel nas 36 cidades monitoradas foi de R$ 48,12 por metro quadrado em dezembro, o que equivale a R$ 2.406 mensais para um apartamento de 50 metros quadrados, um aumento de quase R$ 280 em relação ao ano anterior.
O cenário de alta nos preços é impulsionado por uma expectativa otimista em relação ao mercado de trabalho e pela restrição no mercado de vendas de imóveis, em parte devido ao encarecimento do crédito imobiliário com a alta da taxa Selic. As projeções indicam que os aluguéis podem continuar subindo em 2025, à medida que o crédito para compra de imóveis se mantém limitado e a demanda por locação segue aquecida, principalmente nas grandes cidades.