A recente elevação da taxa básica de juros (Selic) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil gerou preocupações sobre o impacto no endividamento das famílias. Com a taxa mais alta desde setembro de 2023, especialistas apontam que a medida pode tornar o crédito mais caro e restrito, resultando em uma possível alta nas taxas de inadimplência. Apesar de um crescimento econômico contínuo até o terceiro trimestre de 2024, o aumento dos juros e a inflação persistente podem reduzir o poder de compra das famílias e dificultar o pagamento de dívidas.
O aumento da Selic, embora esperado, ocorre em um cenário de incertezas fiscais e aumento do consumo das famílias impulsionado por um mercado de trabalho aquecido. No entanto, especialistas alertam que o crédito mais caro pode afetar a capacidade de pagamento das dívidas, tornando o cenário mais difícil para os consumidores no curto prazo. As instituições financeiras também enfrentam a pressão de emprestar com maior risco, o que pode agravar ainda mais a situação econômica.
Para lidar com as consequências do aumento dos juros, especialistas sugerem que os consumidores revisem seus orçamentos e contratos de crédito. Organizar as finanças e priorizar o pagamento das dívidas, especialmente aquelas com juros mais elevados, são medidas fundamentais para evitar o endividamento excessivo. Além disso, criar um orçamento mensal, evitar o uso excessivo do crédito e não recorrer a novos empréstimos para cobrir dívidas anteriores são práticas recomendadas para garantir maior estabilidade financeira diante do cenário desafiador.