O Bradesco BBI avaliou como ligeiramente negativa a alta nos depósitos judiciais da Hapvida, observando que a porcentagem desses depósitos em relação à receita da empresa é muito superior à média do mercado. No terceiro trimestre de 2024 (3T24), a Hapvida e sua controlada NotreDame apresentaram os maiores depósitos judiciais cíveis como percentual da receita, atingindo 3,8% e 2,4%, respectivamente, enquanto a média do mercado foi de 0,7%. Esse aumento é considerável em relação ao ano anterior, quando esses índices eram de 1,2% e 0,7% no 3T22.
Além disso, o BBI destacou que as provisões cíveis da Hapvida e NotreDame, como porcentagem dos depósitos judiciais, estão entre as mais baixas do setor, com 77% e 95%, respectivamente, no 3T24. Esse valor está significativamente abaixo da média do mercado, que é de 267%. O aumento substancial nos depósitos judiciais não foi acompanhado por um crescimento proporcional nas provisões, o que gerou preocupação entre os analistas. No 3T22, os índices de provisões eram mais elevados, com 132% para a Hapvida e 238% para a NotreDame.
Por outro lado, no caso da Rede D’or, o BBI avaliou os dados de depósitos judiciais como neutros. A empresa apresentou indicadores mais alinhados com a média do mercado, com depósitos representando 0,9% da receita, enquanto as provisões atingiram 269%, em comparação com 0,5% e 453%, respectivamente, no Bradesco, e 0,7% e 267% no mercado em geral. Esses números sugerem uma gestão de riscos mais equilibrada em relação aos concorrentes.