A alta do dólar e os juros elevados no Brasil têm levado investidores a adotar uma postura mais cautelosa em 2025, com destaque para os títulos de renda fixa como opção atrativa diante da perspectiva de uma taxa Selic de 15% ao ano. Especialistas apontam que ativos pós-fixados, como CDBs e NTN-Bs de longo prazo, oferecem boas oportunidades, especialmente diante do aumento da inflação, que pode fechar acima da meta pelo segundo ano consecutivo. No entanto, a desaceleração econômica e a instabilidade cambial são desafios para o mercado doméstico, afetando setores cíclicos, como varejo e construção civil.
A renda variável, por outro lado, apresenta um cenário misto. Enquanto a bolsa brasileira enfrenta pessimismo e retirada de capital estrangeiro, analistas enxergam potencial em papéis descontados e em empresas com forte geração de caixa e receitas atreladas ao dólar. No cenário internacional, mercados como os Estados Unidos e a Argentina têm se destacado, com índices como Nasdaq, S&P 500 e Merval registrando performances expressivas em 2024. Investimentos de longo prazo e exposição a mercados externos são recomendados como estratégias de diversificação.
Por fim, o mercado de criptomoedas teve um ano promissor em 2024, liderado pelo bitcoin, que valorizou mais de 183%. Avanços tecnológicos em blockchains, como Solana, e a crescente adoção institucional indicam potencial de crescimento no setor. Além disso, áreas como Finanças Descentralizadas (DeFi) e Tokenização de Ativos Reais (RWA) ganham relevância, consolidando as criptos como opções atrativas para investidores em busca de altos retornos. O cenário global, com juros mais baixos nos EUA, reforça a atratividade desses ativos de risco.