O alistamento militar voluntário para mulheres foi oficialmente aberto e as inscrições seguem até o dia 30 de junho. Podem se candidatar mulheres nascidas em 2007, que completarão 18 anos em 2025. A incorporação está prevista para o primeiro ou segundo semestre de 2026, com duração inicial de 12 meses, podendo ser prorrogada por até oito anos. As interessadas devem residir em um dos 28 municípios de 14 estados incluídos no Plano Geral de Convocação, como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
As vagas disponíveis para o alistamento feminino são limitadas, com 1.465 vagas inicialmente oferecidas, divididas entre as Forças Armadas: 1.010 para o Exército, 300 para a Aeronáutica e 155 para a Marinha. A expectativa é que a participação feminina nas Forças Armadas cresça progressivamente até atingir 20% do total de vagas. As candidatas passarão por uma seleção que inclui entrevista, testes físicos e exames de saúde, e poderão escolher a força que desejam integrar.
Este é um marco no Brasil, onde o alistamento feminino era inédito, apesar de as mulheres já estarem presentes nas Forças Armadas desde a década de 1980. Atualmente, cerca de 37 mil mulheres servem nas Forças, representando 10% do efetivo, atuando principalmente em áreas como saúde, ensino e logística, ou por meio de concursos públicos específicos para as áreas combatentes. O processo de alistamento pode ser feito presencialmente ou pela internet, com um alerta contra golpes que envolvem sites fraudulentos oferecendo facilidades para a obtenção de documentos militares.