O Brasil inicia uma nova etapa em sua história com a abertura do alistamento militar voluntário para mulheres, permitindo sua entrada no Exército, Marinha e Aeronáutica. Desde o dia 1º de janeiro, mais de 13,6 mil mulheres já se inscreveram, marcando o primeiro ano em que essa oportunidade é disponibilizada. Até o momento, mulheres só podiam ingressar nas Forças Armadas por meio de concursos específicos para suboficiais e oficiais. Agora, o alistamento oferece uma nova porta de entrada, com etapas que incluem seleção geral e treinamento rigoroso, alinhado ao padrão masculino, e a incorporação prevista para 2026.
Apesar do avanço, ainda existem desafios significativos a serem enfrentados, como o combate ao preconceito e a promoção de um ambiente inclusivo dentro das instituições militares. O Ministério da Defesa, em conjunto com as Forças Armadas, tem trabalhado no desenvolvimento de políticas para prevenir e combater assédios moral e sexual, visando à igualdade de condições. Líderes militares destacam que o preconceito é superado por meio de informação e conscientização, reforçando o esforço por uma integração mais equitativa.
O alistamento feminino é voluntário, mas se torna obrigatório a partir da etapa de incorporação, de acordo com as regras divulgadas. As candidatas podem escolher a força de preferência, mas fatores como vagas disponíveis e aptidão serão determinantes na seleção. A novidade representa um marco para a inclusão e diversidade nas Forças Armadas, consolidando uma mudança de paradigma em uma área historicamente vista como masculina.