Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro estão usando as redes sociais para sugerir o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que bloqueou verbas destinadas ao programa social Pé-de-Meia, criado para financiar bolsas para estudantes do ensino médio. A ação do TCU foi vista por parlamentares opositores como uma possível infração fiscal, comparando-a com as acusações que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff em 2016.
A senadora Damares Alves, ex-ministra de Bolsonaro, foi uma das principais defensoras da ideia, afirmando que os indícios de uma “pedalada fiscal” são claros e que o Congresso deve agir. Outros membros da oposição, como Flávio Bolsonaro, também criticaram a situação e sugeriram que o impeachment seria a única solução. Contudo, até o momento, não há movimento formal para coletar assinaturas para um processo de impeachment, e as manifestações têm sido limitadas a declarações públicas e convites para protestos nas ruas.
O bloqueio das verbas pelo TCU aconteceu devido ao uso de recursos provenientes de fundos privados, o que foi considerado uma violação das regras fiscais. Embora a decisão não afete imediatamente a execução do programa, o TCU exigiu que o Ministério da Educação ajustasse o financiamento para atender à legislação orçamentária. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o programa não será descontinuado, e que o pagamento das bolsas aos estudantes será mantido.