O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que a posse de Nicolás Maduro para seu terceiro mandato na presidência da Venezuela é lamentável, considerando a falta de legitimidade do processo eleitoral que reconduziu o líder venezuelano ao poder. Em entrevista, Alckmin reafirmou a postura do governo brasileiro, que não reconhece os resultados das eleições e defende o fortalecimento da democracia. Ele destacou que as ditaduras suprimem a liberdade, contrastando com os valores democráticos que, segundo ele, devem ser preservados.
Além de Alckmin, outros ministros do governo brasileiro também se manifestaram criticamente em relação à posse de Maduro. O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), chamou o presidente venezuelano de “ditador incansável” e condenou a “tomada do governo pela força bruta”, sem respaldo legítimo. Por sua vez, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), classificou a cerimônia como um ataque aos princípios democráticos, defendendo os direitos do povo venezuelano à liberdade e prosperidade.
Apesar das críticas, o Brasil mantém uma relação diplomática com a Venezuela, embora com reservas. O governo brasileiro enviou a embaixadora Glivânia Oliveira a Caracas em um gesto protocolar, mas evitou enviar representantes de alto escalão. A posse de Maduro foi marcada por protestos internos e só contou com a presença do presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, como chefe de Estado estrangeiro. Além disso, a tensão entre os dois países aumentou após a exclusão da Venezuela do BRICS, decisão tomada pelo Brasil em 2024 devido à falta de transparência nas eleições venezuelanas.