O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou que a possibilidade de mais elevações na taxa básica de juros não representa uma solução eficaz para os desafios econômicos do Brasil em 2025. Em suas declarações, ele destacou que o aumento da taxa de juros não impacta diretamente a produção agrícola e que, ao elevar os juros, a economia pode ser prejudicada, especialmente para os endividados e aqueles que necessitam de crédito. Alckmin também ressaltou que uma safra maior este ano pode ajudar no aumento da oferta de alimentos e no controle da inflação.
Alckmin comentou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro, que registrou uma variação de 0,52%, foi considerado positivo, ficando abaixo das expectativas do mercado. No entanto, o IPCA de 2024 fechou em 4,83%, acima do teto da meta de inflação, que era de 4,5%. O vice-presidente também criticou o modelo de aumento de juros, dizendo que ele não resolve os problemas de oferta e demanda na economia brasileira e sugeriu que o modelo adotado pelo Banco Central dos Estados Unidos, que exclui custos com alimentos e energia, seria mais adequado.
Além disso, Alckmin se referiu ao controle das contas públicas no Brasil, mencionando que o déficit do ano passado deve ficar em 0,1% do PIB, excluindo os gastos relacionados à reconstrução do Rio Grande do Sul. Ele também lembrou que, durante a gestão anterior, o país enfrentou um déficit significativo de 9,7% do PIB, motivado pela crise da COVID-19. Apesar dos desafios fiscais, o vice-presidente reiterou a importância de adotar políticas econômicas mais equilibradas e focadas no crescimento sustentável.