O aumento da ajuda humanitária em Gaza para 600 caminhões por dia, conforme previsto no acordo de cessar-fogo e libertação de reféns entre Israel e o Hamas, é visto pela ONU como um passo inicial para enfrentar a crise humanitária na região. Sigrid Kaag, coordenadora sênior de ajuda humanitária da ONU, destacou que questões de segurança e obstáculos burocráticos podem dificultar a entrega de assistência, mas reafirmou o compromisso das agências em manter os esforços humanitários, apesar dos desafios.
A situação no território é crítica, com a população enfrentando escassez de alimentos, medicamentos e outras necessidades básicas, agravada pelos intensos ataques aéreos de Israel e pelas incursões terrestres em resposta às ações do Hamas. Dados do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU revelam que, em dezembro, apenas 71 caminhões de ajuda entraram diariamente em Gaza, número muito abaixo do necessário para atender à demanda da população.
Enquanto negociações mediadas tentam consolidar um cessar-fogo, há preocupação com a necessidade de acesso rápido e contínuo à região, sem impedimentos burocráticos. O governo de Israel adiou a votação sobre o acordo, enquanto o Hamas reafirmou seu comprometimento com os termos negociados. A ONU e outras organizações continuam alertando para o risco de uma catástrofe humanitária se não houver soluções rápidas e efetivas para a crise em Gaza.