A seca no sertão de Alagoas está atingindo níveis alarmantes, com chuvas de verão ainda não ocorrendo, o que agrava a situação de 32 municípios em estado de emergência. A paisagem é marcada por terra seca e pastagens comprometidas, refletindo os impactos diretos nas lavouras e na criação de gado. Em diversas cidades, como Santana do Ipanema e Batalha, rios estão completamente secos, e os açudes que ainda restam não têm água suficiente para o gado, o que tem gerado uma crise alimentar e hídrica na região.
Com a falta de chuvas por mais de seis meses, milhares de famílias dependem de caminhões-pipa para o abastecimento de água, sendo que cada família recebe apenas uma entrega mensal, o que exige um consumo rigorosamente controlado. Agricultores e pecuaristas enfrentam dificuldades para suprir as necessidades básicas de suas casas e para garantir a sobrevivência dos animais. As altas temperaturas, que chegam a 40 graus, tornam a vida no sertão ainda mais insustentável e intensificam o sofrimento da população.
A Defesa Civil de Piranhas e outros municípios têm atuado no envio de água por caminhões-pipa, mas a falta de chuva continua a preocupar, especialmente com o aquecimento global intensificando a seca na região. A escassez de água e alimentos, somada ao calor extremo, tem exigido muita paciência e resiliência dos sertanejos, que, apesar das adversidades, tentam sobreviver em um dos cenários mais difíceis do Brasil. A expectativa é de que as chuvas de verão cheguem, mas a demora gera incerteza e sofrimento para a população rural.