O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) anunciou que a remoção dos agrotóxicos lançados no rio Tocantins, após o acidente que destruiu uma ponte entre os estados do Tocantins e Maranhão, só deverá ocorrer após abril. O incidente, ocorrido em dezembro, resultou na queda de carretas carregadas com ácido sulfúrico e agrotóxicos, causando a morte de 14 pessoas. Desde o acidente, a equipe de resposta tem trabalhado para retirar os produtos químicos, mas as condições do local dificultam os esforços.
A remoção das cargas foi interrompida após o aumento da vazão na Usina Hidrelétrica de Estreito, que impossibilitou os mergulhos necessários. As condições no fundo do rio, com profundidade superior a 40 metros e visibilidade reduzida, dificultaram ainda mais as operações. Até 9 de janeiro, 29 bombonas contendo agrotóxicos haviam sido retiradas, mas o aumento no volume de água suspendeu os trabalhos a partir de 10 de janeiro. A situação permanece crítica, com previsões de que a retirada não poderá ser realizada até a mudança nas condições de vazão do rio, previstas para o final de abril.
O Ibama informou que as bombonas podem ser deslocadas pelas águas para áreas distantes, complicando ainda mais a logística para a remoção. A expectativa é que a vazão do rio se estabilize e permita a retomada dos mergulhos. Contudo, a operação depende da redução da vazão da usina, o que deve ocorrer apenas após o período de chuvas, que vai até abril. Portanto, o trabalho de retirada dos agrotóxicos permanece suspenso, aguardando melhores condições para garantir a segurança ambiental.