Agricultores franceses estão novamente protestando contra o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, anunciado no mês passado. Convocando manifestações em Paris e em outras partes do país, os agricultores contestam a concorrência desleal que, segundo eles, as importações de produtos sul-americanos, especialmente carne bovina, podem gerar. Esses produtos não atenderiam aos rigorosos padrões de segurança da União Europeia, afetando a competitividade da agricultura local.
O protesto, que remonta ao início de 2024, voltou a ganhar força após o recente anúncio do acordo, que busca reduzir a dependência do comércio europeu com a China. Defensores do acordo, como representantes da Alemanha, argumentam que ele poderia ajudar a proteger a União Europeia de eventuais tarifas comerciais impostas por governos como o dos Estados Unidos. No entanto, para muitos agricultores, o acordo pode significar uma perda significativa de receitas devido à importação de produtos mais baratos, comprometendo a viabilidade de suas atividades.
Além disso, os agricultores também enfrentam crescente insatisfação com a regulamentação interna da União Europeia, que consideram excessiva e prejudicial aos seus lucros. Líderes sindicais estão programados para se reunir com o governo francês em breve, para expressar suas preocupações sobre as dificuldades que os agricultores enfrentam, argumentando que a atual situação está gerando um sofrimento significativo nas áreas rurais do país.