Em dezembro de 2024, os principais bancos centrais do mundo implementaram uma série de cortes nas taxas de juros, marcando o maior movimento de afrouxamento monetário desde o início da pandemia de Covid-19. Cinco dos nove bancos centrais que se reuniram reduziram as taxas, com destaque para os cortes de 50 pontos-base realizados pelos bancos da Suíça e do Canadá, e os de 25 pontos-base pelos Estados Unidos, pela Zona do Euro e pela Suécia. As autoridades financeiras atuaram com cautela diante da incerteza econômica, especialmente com o novo governo dos Estados Unidos prestes a assumir em janeiro de 2025.
Esse afrouxamento levou o total de cortes de juros em 2024 a 825 pontos-base, o maior esforço desde 2009, como parte de uma estratégia global para lidar com a recuperação econômica e os desafios pós-pandemia. No entanto, o processo foi mais demorado do que muitos analistas esperavam, o que causou alguns obstáculos ao longo do ano. Apesar disso, o crescimento econômico superou as expectativas, e os mercados financeiros tiveram retornos positivos, impulsionados pela ação coordenada dos bancos centrais.
Nos mercados emergentes, os bancos centrais de países como Turquia, México, Colômbia e Chile também reduziram suas taxas de juros, totalizando 2.160 pontos-base em cortes no ano. Ao mesmo tempo, o Brasil adotou uma postura diferente ao aumentar sua taxa de juros, reforçando sua política monetária com um aumento de 100 pontos na Selic. Esses movimentos ocorreram em um ambiente de incerteza econômica global, com a expectativa de mais ajustes conforme as autoridades monitoram a evolução das condições econômicas no início de 2025.