O advogado Ramsés Benjamin Samuel Costa Gonçalves negou, em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo, envolvimento em um esquema de corrupção e pagamento de propina, como relatado na delação premiada de um empresário. O delator afirmou que Ramsés teria intermediado a entrega de R$ 5 milhões em propinas a autoridades policiais e a um parlamentar, mas o advogado refutou todas as acusações, alegando que os valores recebidos seriam referentes a honorários advocatícios e não a pagamentos ilegais. Além disso, ele descreveu um desentendimento com o delator após a ruptura de um contrato, o que teria motivado as falsas alegações de corrupção.
Ramsés explicou que, após o fim da relação profissional com o delator, o empresário teria iniciado ações judiciais para reaver bens que considerava devidos, incluindo imóveis e valores pagos como honorários. Segundo o advogado, as ações foram derrotadas judicialmente, e, em retaliação, o delator o teria incluído na delação premiada com o objetivo de obter vantagens. O advogado também negou qualquer envolvimento com os mencionados policiais e o deputado, afirmando que seus encontros com essas figuras públicas foram casuais e sem vínculo profissional.
As defesas do delegado e do parlamentar envolvidos nas acusações também reagiram às alegações, qualificando-as como infundadas e sem provas substanciais. Advogados de ambos os envolvidos sustentaram que as afirmações do delator visavam exclusivamente prejudicar a reputação de pessoas com longas carreiras, sem qualquer fundamento factual. A Corregedoria da Polícia Civil registrou a negativa de Ramsés quanto a qualquer pagamento indevido e destacou que não houve indícios concretos que comprovassem as alegações feitas pelo delator.