A Advocacia-Geral da União (AGU) iniciou a contratação de advogados internacionais para representar o Brasil em processos de extradição relacionados aos eventos de 8 de janeiro. A medida, autorizada pelo advogado-geral da União, visa garantir o cumprimento de exigências legais em outros países, já que os advogados da AGU não estão habilitados a atuar fora do Brasil. Essa iniciativa foi tomada após um pedido de providências do Supremo Tribunal Federal (STF) para acelerar as extradições de indivíduos foragidos no exterior.
A AGU ainda não tem informações completas sobre a localização dos foragidos ou os países onde residem, o que dificulta o processo de extradição. A próxima etapa será obter dados atualizados do STF, que auxiliarão na formulação dos pedidos de extradição. Paralelamente, a AGU está colaborando com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para identificar casos que exigem ação judicial no exterior, garantindo a eficácia das extradições.
Embora o Ministério da Justiça seja responsável por avaliar e encaminhar os pedidos de extradição, a AGU desempenha um papel complementar, atuando como parte nos processos para esclarecer questões jurídicas e factuais. Essa atuação já foi adotada em outras situações de extradição e visa garantir que os trâmites internacionais sejam conduzidos de forma eficaz e legal.