Uma mulher relatou ter sido acusada de roubo por um segurança em uma loja na Zona Sul do Rio de Janeiro. O caso ocorreu após ela realizar uma compra e decidir não levar um produto, devolvendo-o no caixa. Ao sair do estabelecimento, foi abordada pelo funcionário, que pediu para verificar sua bolsa, levando ao esvaziamento de seus pertences no chão da loja. A situação gerou comoção entre outros clientes, que expressaram solidariedade à mulher, questionando a abordagem adotada.
Visivelmente abalada, a vítima registrou boletim de ocorrência na 12ª DP, em Copacabana, sob a tipificação de constrangimento ilegal. Posteriormente, o caso foi encaminhado à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que conduzirá investigações para determinar possíveis motivações discriminatórias. A Polícia Civil informou que a apuração buscará esclarecer todos os fatos e identificar eventuais atos de preconceito ou intolerância.
A empresa responsável pela loja declarou estar investigando internamente o ocorrido, reforçando que promove treinamentos para colaboradores e que repudia qualquer forma de discriminação ou desrespeito. O episódio reacende o debate sobre abordagens discriminatórias em estabelecimentos comerciais e a necessidade de práticas que respeitem a dignidade dos clientes.