Novos depoimentos reforçam a versão do dono de uma empresa de apostas sobre um acordo milionário com o Corinthians, que está sob investigação da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo. A negociação, que envolveu o patrocínio da marca Vai de Bet, é alvo de suspeitas relacionadas a crimes como apropriação indébita e lavagem de capitais. As declarações contradizem a versão de um intermediário, que alega ter sido responsável por fechar o negócio entre as partes. O dono da empresa de apostas afirmou que não teve contato com o intermediário e que as tratativas foram conduzidas diretamente com membros da diretoria do clube.
Segundo os depoimentos, o acordo foi fechado em uma reunião em São Paulo, no final de 2023, com a participação de representantes do clube e do empresário responsável pela empresa de apostas. Durante as negociações, surgiram disputas sobre as comissões de intermediação e a necessidade de formalizar o contrato por meio de uma empresa já cadastrada no clube. Embora o empresário tenha afirmado não ter discutido os valores da comissão, documentos e conversas indicam que uma porcentagem do contrato foi destinada a intermediários, com suspeitas de repasses a empresas não diretamente ligadas à negociação.
A investigação sobre o acordo de R$ 360 milhões prevê pagamentos mensais ao clube, mas também levanta questões sobre o envolvimento de empresas suspeitas e a atuação de indivíduos ligados ao cenário político e criminal da região. Além disso, o presidente do Corinthians, citado em depoimentos, negou envolvimento direto com o intermediário e defendeu a transparência no processo. As investigações continuam, e a situação política do clube também está sendo afetada, com discussões sobre a destituição do presidente, que enfrenta um processo de impeachment.