A guerra no Oriente Médio, que dura quase um ano e meio, passou por diversas tentativas de negociação, mas os esforços não obtiveram resultados concretos, gerando frustração entre as famílias dos reféns e tensão crescente entre civis na Faixa de Gaza. Com a iminente saída de Joe Biden da presidência dos Estados Unidos, os mediadores norte-americanos, cataris e egípcios buscam finalizar um acordo, com o objetivo de conquistar um trunfo diplomático na região. Desde o ataque terrorista em outubro de 2023, mais de 200 reféns foram levados à Gaza, e atualmente, a inteligência israelense estima que muitos deles possam estar mortos, o que agrava ainda mais a situação humanitária.
A mediação catariana anunciou a proximidade de um acordo de cessar-fogo, com o apoio de Biden, que destaca a libertação dos reféns, o fim das hostilidades e o aumento da ajuda humanitária aos palestinos. O acordo seria dividido em duas etapas, começando com a liberação de 33 reféns e a retirada de tropas israelenses de algumas áreas de Gaza. A segunda fase teria como objetivo a resolução definitiva do conflito. Embora as declarações de Biden sejam positivas para os defensores da paz, ainda há muitos pontos de discordância, principalmente em relação aos objetivos estratégicos de Israel.
O futuro do acordo pode ser impactado pela chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. A amizade histórica entre Netanyahu e Trump levanta a possibilidade de que o atual acordo seja uma manobra estratégica para ganhar tempo, até que o novo presidente possa influenciar a situação no Oriente Médio. Isso aumenta a incerteza quanto à estabilidade do cessar-fogo, com a possibilidade de que, se não forem alcançados os objetivos militares de Israel, o conflito possa ressurgir em uma nova fase de violência.