O grupo Hamas anunciou que começará a libertar reféns israelenses após a assinatura de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo. O acordo, mediado por Estados Unidos, Catar e Egito, entra em vigor neste domingo (19), com a libertação inicial de três mulheres israelenses, cujos nomes foram revelados pelo Hamas, após um atraso. No total, 33 reféns israelenses devem ser libertados ao longo dos próximos dias, enquanto Israel soltará prisioneiros palestinos, incluindo mulheres e crianças, e começará a recuar suas forças da Faixa de Gaza.
O acordo prevê uma série de etapas, com a primeira focada na trégua e na liberação de reféns. A partir de hoje, mais reféns israelenses serão soltos, e Israel entregará até 250 prisioneiros palestinos em troca. Também estão previstas medidas humanitárias, como o aumento no fluxo de ajuda a Gaza, com a expectativa de 600 caminhões de suprimentos entrando por dia. Além disso, a travessia entre Gaza e o Egito será reaberta para permitir tratamentos médicos. A retirada das tropas israelenses da região e o retorno de moradores ao norte de Gaza estão entre os compromissos do acordo.
As negociações também incluem um plano para a reconstrução de Gaza, mas com o desafio de definir quem governará a região após o fim do conflito. Embora o acordo tenha estabelecido a devolução dos corpos de reféns mortos, o processo de reconciliação e reconstrução pode levar anos. O fim das hostilidades e a remoção das tropas israelenses da Faixa de Gaza marcam o avanço da segunda fase, enquanto o cenário pós-conflito exigirá uma gestão cautelosa das questões territoriais e políticas da região.