O acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo armado que controla Gaza sofreu um atraso significativo na manhã deste domingo (19), após o não cumprimento de uma das exigências essenciais para a sua implementação. O governo de Israel condicionou a entrada em vigor do tratado à divulgação, por parte do grupo, de uma lista com os nomes dos reféns que seriam libertados. Embora inicialmente tenha alegado questões técnicas, o grupo finalmente enviou a lista, resultando no início do cessar-fogo, que ocorreu quase três horas depois do horário previsto. O tratado estabelece a liberação gradual de reféns, além da retirada de forças israelenses de algumas áreas da Faixa de Gaza.
A primeira fase do acordo prevê a liberação de 33 reféns, com Israel recuando de várias regiões de Gaza e permitindo a soltura de prisioneiros palestinos, a maioria sem vínculo com grupos armados. No entanto, o acordo foi marcado por um ataque aéreo israelense à Gaza após o atraso no cumprimento das obrigações por parte do grupo, o que resultou em vítimas fatais e feridos. Ao longo da primeira semana, novas entregas de reféns e prisioneiros ocorrerão, além de um aumento na entrada de ajuda humanitária para a região.
As etapas seguintes do tratado incluem o retorno de mais reféns e a retirada completa das tropas israelenses de Gaza, com a expectativa de um longo processo de reconstrução da região. A implementação do acordo, mediado por terceiros países, reflete meses de negociações, mas ainda enfrenta desafios, especialmente quanto ao futuro governo de Gaza e à devolução de todos os corpos de reféns.