O mercado recebeu com otimismo o acordo firmado entre a Vale e o governo federal para a repactuação dos contratos de concessão das ferrovias Carajás e Vitória-Minas, avaliando a negociação como uma mitigação de riscos regulatórios e contratuais para a mineradora. O valor total do acordo é de R$ 17 bilhões, que abrange tanto o repasse de R$ 11,3 bilhões à União quanto os R$ 6 bilhões destinados a novos investimentos na malha ferroviária. Essa repactuação ocorre após um longo processo de negociação e visa dar mais previsibilidade às operações da empresa.
Segundo analistas, o valor acordado ficou abaixo das expectativas mais conservadoras do mercado, o que contribui para uma visão positiva sobre o impacto no fluxo de caixa da companhia. As corretoras Genial Investimentos e Bradesco BBI destacaram que o impacto no caixa será limitado, e parte do pagamento já foi realizada em 2024. A negociação também traz uma mudança no cálculo do Índice de Saturação Ferroviária (ISF), que pode gerar economia ao longo do tempo.
O acordo, que encerra uma fase de incertezas para a Vale, remove riscos regulatórios significativos e fortalece a relação estratégica com o governo. A expectativa é que o acordo proporcione maior estabilidade no curto e longo prazo, o que deve beneficiar a geração de valor para os acionistas da mineradora nos próximos anos. O mercado agora se concentra na implementação do acordo e nas projeções de fluxo de caixa da empresa em 2025 e além.