As ações da Eneva (ENEV3) registraram alta de 5,16% nesta segunda-feira, após o Ministério de Minas e Energia anunciar mudanças nas diretrizes para o leilão de capacidade de reserva. A nova regulamentação, publicada no Diário Oficial, amplia a participação de termelétricas já existentes, eliminando restrições que anteriormente favoreciam apenas novos empreendimentos. Essas mudanças foram vistas de forma positiva pelo mercado, beneficiando diretamente a Eneva, que detém ativos competitivos como as usinas Parnaíba I e III.
Analistas de bancos como Itaú BBA e JP Morgan destacaram que a inclusão de ativos existentes e a extensão dos contratos para dez anos reduzem incertezas sobre a renovação de contratos da Eneva. Além disso, a segmentação do leilão em categorias para usinas existentes e novos projetos cria um ambiente mais competitivo e diversificado. As termelétricas, que devem utilizar gás natural ou biocombustíveis, agora têm melhores condições para atender à demanda energética planejada entre 2028 e 2030.
Outro ponto destacado foi o anúncio do programa de recompra de ações da Eneva, que prevê a aquisição de até 50 milhões de papéis, representando cerca de 10% do free float da companhia. O movimento reforça a confiança dos investidores, aumentando a previsibilidade financeira e melhorando as perspectivas de mercado para a empresa. O JP Morgan também ressaltou o retorno atrativo de 17,8% sobre o patrimônio, tornando a Eneva uma opção vantajosa para investidores.