O mercado financeiro brasileiro vivenciou uma sessão negativa na quarta-feira, 8, com o Ibovespa registrando uma queda que interrompeu uma sequência de altas. A incerteza sobre o impacto das políticas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, em relação a tarifas comerciais e ao dólar forte, pesou sobre os índices globais e afetou os ativos brasileiros. Apesar de uma leve alta no petróleo, ações de empresas como Petrobras apresentaram desvalorização, refletindo o mau desempenho de ações ligadas ao setor energético e de commodities.
Além disso, o cenário macroeconômico no Brasil permanece desfavorável. A política fiscal expansionista do governo brasileiro tem gerado preocupações sobre a necessidade de manter juros reais elevados, o que aumenta a percepção de risco entre os investidores. Analistas apontam que, sem mudanças estruturais nos fundamentos, o mercado segue vulnerável a ajustes e incertezas, especialmente com a falta de clareza sobre os rumos fiscais no país. Nesse cenário, investidores são aconselhados a adotar uma postura defensiva, priorizando ativos menos arriscados.
Por fim, o destaque do dia foi a produção industrial de novembro, que, apesar de um recuo em relação a outubro, mostrou crescimento no comparativo anual. Isso reflete um mercado ainda aquecido, mas com expectativas de que a Selic permaneça elevada por mais tempo, em meio à falta de previsibilidade fiscal. As incertezas sobre a política econômica tanto nos EUA quanto no Brasil continuam a impactar a confiança do mercado, com o dólar forte e as tensões comerciais pesando no cenário financeiro global.