Acionistas da UnitedHealth Group pediram que a empresa elaborasse um relatório detalhado sobre os custos e os impactos à saúde pública relacionados às suas práticas de autorização prévia e recusa de serviços médicos. A solicitação, que pode ser discutida na próxima reunião anual da companhia, busca entender como tais práticas contribuem para o atraso no acesso ao tratamento e, eventualmente, para a renúncia dos pacientes ao atendimento necessário. Grupos como as Irmãs dos Santos Nomes de Jesus e Maria de Quebec, junto à Trillium Asset Management, foram os responsáveis pela proposta.
Em apoio à resolução, o ex-executivo Wendell Potter destacou os danos causados pelos atrasos e recusas no atendimento, que não afetam apenas os pacientes diretamente, mas também a saúde pública em geral. A proposta também surge em um contexto de crescente críticas às práticas das seguradoras de saúde nos Estados Unidos, especialmente após um incidente envolvendo a morte de um executivo da UnitedHealthcare, que gerou um debate mais amplo sobre as políticas de negamento de cuidados médicos e suas consequências.
A UnitedHealth, por sua vez, afirmou que responderá às propostas dos acionistas na sua declaração de procuração de 2025, uma vez que defina a agenda para sua reunião anual, prevista para ocorrer em junho de 2025. A companhia também alegou que aprova e paga uma grande maioria das solicitações médicas enviadas, com uma média de 90% de aprovação. No entanto, o debate sobre as práticas da empresa continua, refletindo um cenário mais amplo de críticas às seguradoras no país.