Um acidente trágico ocorrido em dezembro de 2024, na BR-116, em Teófilo Otoni, resultou na morte de 39 pessoas. A Polícia Civil de Minas Gerais apontou diversas irregularidades no comportamento do motorista da carreta envolvida, que transportava carga excessiva e mal acondicionada. A carreta, com 91 toneladas, quase o dobro do peso permitido, estava em alta velocidade e o tacógrafo indicou que o veículo alcançou 132 km/h durante a viagem. No local do acidente, a velocidade estava acima do limite de 80 km/h, aumentando a gravidade da colisão.
Investigações revelaram que o motorista não verificava o peso das cargas e havia se envolvido em outras infrações. Exames toxicológicos confirmaram que ele estava sob o efeito de várias substâncias, incluindo álcool e drogas, no momento do acidente. Além disso, uma das pedras de quartzito se soltou, atingindo um ônibus e causando um incêndio, o que contribuiu para a morte das vítimas. O motorista inicialmente fugiu do local, mas se apresentou à polícia dois dias depois e foi preso após o laudo dos exames.
A defesa do motorista alegou que os exames não comprovaram de forma categórica o uso de álcool e drogas e contestou a prisão preventiva. Por outro lado, a polícia e os investigadores destacaram a falta de cuidado e a atitude imprudente do motorista, que demonstrou desrespeito pela vida humana. O caso trouxe à tona preocupações sobre a segurança nas estradas brasileiras, especialmente com relação ao transporte de cargas pesadas e o controle sobre os motoristas.