Migdalia Josefina Zamora, de 68 anos, natural da Venezuela, morreu após um acidente envolvendo um táxi clandestino na BR-174, em Pacaraima, Roraima, no dia 8 de janeiro. Ela estava acompanhada de um neto de 13 anos, que sofreu ferimentos leves. A idosa passava as festas de fim de ano com a família em Boa Vista e retornava para a Venezuela. Além dela, José Gregorio Guerra Rondon, de 40 anos, também faleceu no acidente. O motorista do táxi clandestino, que estava em direção contrária na estrada, foi preso em flagrante e vai responder pelos crimes de homicídio culposo e exercício ilegal de profissão.
O acidente, que envolveu uma minivan de transporte intermunicipal, ocorreu quando o veículo clandestino colidiu frontalmente com o transporte regular. A minivan estava cheia de passageiros, mas todos sofreram lesões leves. A família de Migdalia, que estava em luto, relatou que a idosa tinha pagado R$ 1.200 pelo transporte irregular, mas o dinheiro e outros pertences pessoais desapareceram no acidente, incluindo alimentos e roupas. O celular de Migdalia foi o único item recuperado, e o neto conseguiu comunicar a família sobre o ocorrido.
A Cooperativa de Transporte Alternativo de Pacaraima e Boa Vista (Cootap) aproveitou o incidente para alertar sobre os riscos do transporte clandestino, que opera sem regulamentação e oferece pouca segurança aos passageiros. A cooperativa enfatizou que, apesar dos acidentes ocorrerem em qualquer tipo de transporte, viajar com veículos legalizados oferece mais respaldo e garantias em situações imprevistas. A morte de Migdalia chamou a atenção para a crescente preocupação com a segurança no transporte de passageiros em regiões de fronteira, onde a falta de fiscalização é um fator crítico.