A Vibra Energia (VBBR3) comunicou que a União Federal ingressou com uma ação judicial rescisória para reverter uma decisão anterior que reconheceu o direito da distribuidora de combustíveis a créditos tributários de PIS/COFINS, avaliados em cerca de R$ 4 bilhões. A empresa havia conseguido decisão definitiva do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) em setembro, que certificou o trânsito em julgado ao rejeitar recursos da União. No entanto, a nova ação gerou dúvidas no mercado, com impacto direto no desempenho das ações da companhia.
Analistas de mercado avaliam o movimento com preocupações e projeções de impacto sobre outras distribuidoras de combustíveis. A XP Investimentos destacou que o evento, inesperado, pode pressionar negativamente as ações da Vibra e de empresas como Ultra, Cosan e Raízen. O JPMorgan apontou que a exclusão dos créditos reduziria o valor justo da Vibra em 10%, mas manteve recomendação de compra, considerando que os papéis ainda são negociados a múltiplos atrativos. Por outro lado, o Bradesco BBI acredita que a Vibra possui argumentos legais sólidos, dado o reconhecimento prévio dos créditos tributários em segunda instância.
O caso também levanta discussões sobre possíveis implicações para o setor de combustíveis como um todo. Há expectativa de que ações semelhantes sejam movidas pela União contra outras empresas, ampliando o risco jurídico e financeiro. Apesar disso, especialistas avaliam que a defesa das empresas pode prevalecer diante de um histórico de decisões favoráveis no Judiciário. O mercado segue atento aos desdobramentos e ao impacto nos preços das ações.