Em 2024, a colaboração entre o Ministério da Previdência Social, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal conseguiu evitar perdas estimadas em R$ 393,8 bilhões à Previdência Social. Isso foi possível graças a 74 ações da Força-Tarefa Previdenciária, que incluiu 52 operações especiais e 22 flagrantes. As medidas impediram pagamentos fraudulentos que poderiam ser feitos a beneficiários fictícios ou em situações ilegais. A Coordenação-Geral da Inteligência da Previdência Social (CGINP) explicou que esse valor projetado representa os pagamentos que seriam realizados sem a intervenção da força-tarefa.
Além das operações de combate a fraudes, a força-tarefa cumpriu um número significativo de mandados judiciais em 2024, incluindo prisões e apreensões. Foram executados 344 mandados, dos quais 99 resultaram em prisões, com destaque para ações contra servidores públicos envolvidos em crimes. Também foram cumpridos 277 mandados de busca e apreensão, com a apreensão de provas relevantes para a investigação de fraudes previdenciárias. As operações de flagrantes resultaram em 33 prisões, reforçando a atuação da força-tarefa na proteção dos recursos públicos.
A maior operação do ano foi a “Operação Mercado de Dados”, que desarticulou esquemas de fraude envolvendo empréstimos consignados fraudulentos utilizando dados de segurados do INSS. Embora a operação não tenha causado prejuízo direto ao orçamento da Previdência, ela afetou instituições financeiras, com estimativas de danos de R$ 32,8 milhões. Em 2025, a CGINP planeja intensificar a qualificação dos servidores para identificar fraudes cibernéticas, um desafio crescente com o avanço das novas tecnologias no ambiente de crimes digitais.