A celebração do Ano Novo no calendário ocidental tem raízes que remontam à Roma Antiga, quando o início do ano ocorria em março, marcando o começo da primavera no hemisfério norte. No entanto, foi com a reforma do calendário romano e a introdução do calendário juliano, em 46 a.C., que o 1° de janeiro passou a ser oficialmente o início do ano. Essa mudança visava alinhar melhor o ano civil com o ciclo solar e também tinha uma conotação simbólica, já que janeiro foi nomeado em homenagem ao deus romano Jano, relacionado a começos e transições.
No século 16, o Papa Gregório XIII implementou o calendário gregoriano, que ajustava ainda mais o ano ao movimento da Terra em torno do Sol, estabelecendo a data de 1° de janeiro como o Ano Novo para a maior parte do mundo ocidental. Essa reformulação foi resistida em algumas regiões, especialmente onde a cristianização havia enfrentado dificuldades, e a data ainda era vista com certa relutância devido à sua associação com divindades pagãs. Por exemplo, a Grã-Bretanha só adotou oficialmente a data em 1752, muito tempo depois da mudança estabelecida pelo Papa.
Embora o 1° de janeiro tenha se consolidado como data de celebração do Ano Novo em várias partes do mundo ocidental, a data continua sendo diferente em outras culturas. Povos como os chineses, judeus e muçulmanos seguem calendários próprios e celebram o Ano Novo em datas distintas. O mais comum entre as culturas, no entanto, é a prática de refletir sobre o ano que passou e fazer projeções para o futuro, o que é compartilhado em diversas tradições ao redor do mundo, independentemente do calendário utilizado.